Não há alternativa: A Saúde precisa de interoperabilidade!

Seja para facilitar o trabalho dos profissionais e equipes multi-disciplinares, reduzir custos,  melhorar a assistência e segurança do paciente, disponibilizar uma central de regulação em real-time …..

 

Os Aplicativos e benefícios da implementação de processos de integração são numerosos e estão presentes em praticamente qualquer organização e qualquer sistema de informação.

No entanto, para os pacientes e para os profissionais de saúde ainda são processos desconhecidos tanto em importância como complexidade. As organizações muitas vezes são relutantes em implantá-los ou desenvolvê-los extensivamente por medo ou falta de conhecimentos.

Analisamos alguns mitos sobre interoperabilidade que devem ser esclarecidos e assim avançarmos na importância que o tema tem.

Interoperabilidade se dá através da aplicação de padrões…

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 Photo credit: levydr722 via Visual hunt / CC BY

 

É verdade que a maior parte dos processos de integração, felizmente, têm adotado uma linguagem comum para se comunicar. Estamos falando, como quase todo mundo pode imaginar, do HL7, o padrão de ‘facto’ para os  processos de integração e interoperabilidade no setor de saúde.

O fato é que embora isso ajude, acabe por não resolver todos os problemas de comunicação entre os sistemas, equipamentos e fornecedores.

Por ser conhecido como padrão sem padrão, o HL7 exige negociação para ser utilizado, refletindo o fato de que, apesar da aplicação de regras para a comunicação, o uso do HL7 está sujeito a acordos que devem ser estabelecidos entre as partes envolvidas.

Esta negociação é sempre um ponto crítico (e talvez subestimado) no processo de projetos de integração de sistemas. Alcançar o sucesso depende deste consenso. Também é necessário considerar que o HL7 é um padrão vivo, em evolução e desenvolvimento e que não parou desde sua concepção.

Novas versões são lançadas e exigem revisão dos processos de integração e até mesmo de novas normas relacionadas.

O novo padrão da família HL7, o FHIR é um exemplo de evolução do padrão e que tem como conceito a utilização de   API´s RestFULL.

 

A mesma Solução se aplica para todos?

Apesar da utilização de normas para o desenvolvimento de sistemas interoperáveis, estudos e a experiência nos tem mostrado que é errado dizer que uma solução possa atender as necessidades de diferentes clientes, ou do mesmo cliente em qualquer situação que seja necessária.

Na verdade, é muito comum que a mesma solução técnica e funcional de uma organização, não funcione da mesma maneira em outra e deva ser ajustada ou modificada para atender às necessidades de cada instalação.

Mesmo dentro da mesma organização que dispõe de um provedor de soluções operacionais, este nem sempre poderá ser usado para se comunicar com o outro, mesmo que aparentemente o problema a ser resolvido seja idêntico ou muito semelhante.

Soluções de interoperabilidade devem ser baseadas em padrões, mas devem ser suficientemente flexíveis para se adaptar a qualquer situação onde deva ser utilizada.

 

Eu não me comunico com todas as minhas aplicações e sistemas……

Ouvimos com frequência, profissionais que reclamam que este ou aquele dispositivo ou aplicativo não está integrado (porque é muito antigo ou  porque não está pronto) e, portanto, não podem utiliza-lo.

Apesar de imaginar uma situação em que não se possa comunicar com alum aplicativo, equipamento ou dispositivo, é sempre possível encontrar uma solução para estabelecer um circuito de envio e recebimento de mensagens entre eles.

Mesmo em sistemas autônomos ou desconectados mais antigos, todos eles podem e devem fazer parte da cadeia de comunicação e todas as informações podem ser extraídas para se integrar a outros sistemas.

 

Isto depende da vontade e o desejo de se fazer e das limitações técnicas que podem ser encontradas.

 

Ao ‘compartilhar’ os dados de meu sistema, perco o controle sobre eles…..

Controle e posse de informações é sempre um fato controverso. Implementar sistemas interoperáveis, e que enviam dados para outros sistemas é sempre um risco e uma potencial quebra de segurança.

Mas, além da técnica para proteger essas transferências (seguindo cuidadosamente as leis que se aplicam em cada caso) problemas de resistência são frequentemente encontrados quanto ao compartilhamento ou transferência dessa informação, seja por medo de perder o controle ou perder a a visibilidade desta informação.

 

Interoperabilidade é o simples envio de dados de um local para outro….

Nada está mais longe da verdade do que esta afirmação. Interoperar é aplicar padrões, métodos e processos e em última análise a transmissão de informação (não só dados) de um sistema para outro, de modo que esta possa ser entendida e utilizada pelo sistema receptor.

A interoperabilidade deve sempre começar com uma análise (especialmente de profissionais) das partes interessadas e dos fluxos de trabalho que serão afetados (e como eles irão) para que a implementação dos processos de integração possam ser definidos.

Se pensarmos que não haverá impacto funcional pelo fato de introduzir um sistema de integração, estaremos cometendo um dos maiores erros (infelizmente o mais comum) que pode ser cometido em tais projetos.

 

A interoperabilidade não é importante? ….

A interoperabilidade é a pedra angular da colaboração entre os sistemas, entre as aplicações e em suma, entre as organizações.

Sem interoperabilidade os cuidados colaborativos não existem, porque esta  permite recuperar a informação á partir de várias fontes de informações e por diferentes profissionais, sendo realizadas consultas longitudinais sobre seus episódios e diferentes pontos de atenção a saúde, exibidas ou até mesmo analisadas em conjunto pela equipe.

Embora cada vez mais valorizados, os processos de interoperabilidade permanecem desconhecidos e ainda sofrem grande preconceito daqueles que pensam que meros problemas técnicos serão resolvidos através do envio de uma mensagem.

Precisamos ‘quebrar’ os mitos e simplificar os processos que cercam o mundo da interoperabilidade para que alcancemos o mais rápido possível um sistema de saúde horizontalizado, seguro e confiável.

Quero um treinamento completo em HL7!

 

Quais e como você encara as barreiras que ainda devem ser superadas para a interoperabilidade em saúde?

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