O HL7® FHIR é o mais novo padrão desenvolvido pela HL7® International para o âmbito da saúde. Pronuncia-se ‘Fire’, FHIR Fast Healthcare Interoperability Resources.
Na visão dos especialistas é o único padrão que tem chances de se tornar amplamente implementado e é sem dúvidas o padrão mais interessante da HL7®, desde os primórdios da V2.
O HL7® Versão 3 é uma tecnologia tecnicamente disruptiva porém as dificuldades de implementação e os altos investimentos para sua adoção, o fizeram nascer morto. Pouquíssimas implementações da V3 ocorreram, sendo a V2 a predominante no mercado.
Prevendo após a ascensão, uma queda do HL7®, Barry Smith realizou debates junto ao setor de normas de saúde e convocou uma força-tarefa junto aos HL7 Work Group Meetings para criação de um novo padrão para interoperabilidade que consistisse em maior flexibilidade e facilidade de implementação, e através desta força-tarefa liderada por Grahame Grieve, ‘nasceu’ o FHIR.
Os Grupos de Trabalho do HL7® International são estruturados em domínios específicos para a saúde e é onde os players do mercado da saúde e demais interessados, interagem com objetivos de ajuda mútua, evolução e resolução de dificuldades de implementação ou mesmo para correções do padrão.
Atualmente a Versão 3 do padrão HL7® FHIR foi a última a ser votada (Maio/2016), deixando de ser um Draft Standard for Trial Use – DSTU para ser tornar um Standard for Trial Use – STU e também deixa de ser considerado como ‘projeto’ pelo tempo que tem.
O FHIR é promissor e muitos esforços estão em curso com diversas ações para promoção, implementação e desenvolvimento do padrão.
O padrão HL7® FHIR tem um modelo granular e mais simples para troca de dados em saúde sem o rígido fluxo de trabalho do tradicional HL7® V3 aplicando uma abordagem simples em RESTful.
O FHIR dá grande ênfase aos Connectathos que funcionam como laboratórios onde diferentes empresas, sistemas e/ou equipamentos médicos, atestam a conformidade e aderência ao padrão gerando assim experiências e referências para novas implementações.
O FHIR se concentra em cobrir 80% dos casos de uso comuns ao invés dos 20% de exceções (regra 80/20). Mais importante do que os fatores técnicos, o FHIR aborda necessidades reais de mercado como:
- Aplicações de saúde móveis e em nuvem
- Integração de dispositivos e equipamentos médicos
- Fluxos de trabalho personalizados e mais flexíveis
O interessante sobre o FHIR é que este padrão pode ser realmente útil e promover avanços na interoperabilidade para a troca de informações entre sistemas díspares e equipamentos médicos fornecendo vantagens e benefícios.
Para os fornecedores representa uma oportunidade de oferecer mais valor aos seus clientes e construir novas formas de captação de receitas.
Para os profissionais de saúde a agilidade na consulta de informações clínicas e administrativas do paciente através de um prontuário eletrônico longitudinal, elevará a qualidade e a segurança de todas as partes envolvidas no processo de atenção à saúde do indivíduo gerando economia para as unidades de atenção a saúde.
Para os usuários finais oferece maior foco no paciente de forma a racionalizar e melhorar o atendimento e o engajamento do paciente a um tratamento e medicações prescritas.
O FHIR é como o HL7® v2.x na medida em que tem potencial para resolver problemas e necessidades reais existentes no mercado da saúde. É esperado que ocorra um efeito-de-rede assim como ocorrido com os outros padrões como TCP-IP, HTTP e outros padrões web. Essa deve ser a base para construção de um padrão de sucesso.
O FHIR pode ajudar a gerar receita e economizar dinheiro, sendo esta abordagem essencial para que um padrão seja amplamente adotado pelos players da saúde.
A Interopera realiza edições do curso on-line em HL7® V2, V3, CDA e FHIR, com certificado emitido aos aprovados.
São oferecidos tutoria, aulas ao vivo agendadas, palestras dos Ciclo de Seminários Internacionais gravadas e ao vivo e debates nos fóruns do ambiente do curso.
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